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Mostrando postagens de outubro, 2017

Assembleia legislativa muda-se de Cuiabá para Corumbá

Pressionados pelo presidente Caetano de Albuquerque (foto), a quem tentam cassar seu mandato por questões políticas, os deputados decidem mudar o legislativo de Cuiabá para Corumbá, passando a funcionar no edifício da intendência municipal. A sessão inaugural, realizada em 1° de novembro de 1916, foi presidida pelo deputado Francisco Pinto, que justificou o caráter extraordinário do funcionamento do poder: A convocação que tive a honra de dirigir ontem aos meus honrados colegas, convidando-vos para prosseguirmos os nossos trabalhos neste alegre e próspero recanto do solo mato-grossense, tem a dupla significação de um protesto e de um triunfo. É um protesto dos mais veementes contra a selvageria de que fomos vítimas na trágica noite de 24 de setembro, contra a desordem sistematicamente organizada pelos diretores intelectuais do partido republicano mato-grossense, com a conivência criminosa do presidente do Estado. E é um triunfo porque representa a vitória da lei e da or

Morre o poeta Lobivar de Matos

Nascido em 12 de janeiro de 1915, em Corumbá, falece no Rio de Janeiro, em 27 de outubro de 1947, o poeta Lobivar de Matos. Começou seus estudos no Colégio Salesiano Santa Teresa. Em 1928 muda-se para Campo Grande. Fez o curso ginasial no Instituto Pestalozzi, mais tarde denominado Ginásio Municipal de Campo Grande, sendo colega de Rachid Derzi e José Fragelli. Em 1932, já sob a influência do modernismo, publica seu primeiro poema na revista Folha da Serra:  Corumbá deslumbrante.  Dorme na harmonia o teu sono infinito, nas rochas de granito, sob a luz sombria do calor.  Em fins de 1933   muda-se para o Rio de Janeiro para estudar Ciências Jurídicas na Faculdade Nacional de Direito do Distrito Federal. Em 1935 publica seu primeiro livro de poemas "Areôtare,". Em 1936 publica "Sarobá," seu segundo livro. Em 1941, já formado em advocacia e com a família constituída, volta à Corumbá, onde passa pouco tempo,mudando-se para Cuiabá. Às vésperas

Justiça de Corumbá absolve contrabandista acusado de matar vereador

Em episódio marcado pela pressão e ameaças aos jurados, realizou-se em 25 de outubro de 1963, o julgamento do século em Corumbá. O réu foi o inspetor da alfândega da cidade, Carivaldo Sales (foto), indiciado pelo crime  contra o vereador Edu Rocha,  que o acusava de contrabando de automóveis da Bolívia para o Brasil. "O Cruzeiro", revista de maior circulação no país, e que veiculou as denúncias e denunciou o crime, deu cobertura ao evento, com a publicação de ampla reportagem, sob o título JUSTIÇA DE BRAÇOS CURTOS: "Na cruz sobre a sepultura 184 do cemitério de Corumbá, uma placa lembra aos visitantes que ali está enterrado Edu Rocha, vereador  covardemente assassinado pelo contrabandista Carivaldo Salles.  Carivaldo era nada menos que o inspetor da Alfândega, a quem competia reprimir o comércio negro. Acusado por Edu Rocha, através de 'O Cruzeiro', de ser o chefe de uma gang todo-poderosa de contrabando, emboscou-o altas horas da noite e metralhou-o,

Inaugurada igreja da Candelária

Construída em tempo recorde é entregue à população a  igreja da Candelária , de Corumbá, evento registrado na seguinte ata: Ata da inauguração da Igreja. Aos quatorze dias do mês de outubro de hum mil oitocentos e setenta e sete, quinquagésimo sexto da Independência do Império nesta vila de Santa Cruz de Corumbá, província de Mato Grosso e Bispado de Cuiabá, em sede foi com a toda solenidade na forma do ritual romano, inaugurada a nova igreja paroquial da Candelária, sendo benta pelo pregador imperial e vigário frei Mariano de Bagnaia, canonicamente habilitado e dedicada a Deus e à Nossa Senhora da Candelária, que é o seu orago. Esta igreja foi construída com as doações do povo, sendo a obra dirigida por alguma comissão composta dos senhores reverendo pregador imperial frei Mariano de Bagnaia, protetor da devoção ou irmandade, engenheiro tenente-coronel dr. Joaquim da Gama Lobo D’eça, provedor da mesma e tesoureiro João Poupino Caldas, os quais conjuntamente com mesa admini

Em Corumbá, escrava compra liberdade de filho fugido

Tendo fugido seu filho, também escravo, de Corumbá, provavelmente para a Bolívia, mãe compra sua liberdade, de acordo com as leis em vigor: Registro de uma carta de liberdade Saibam quantos este registro virem, que no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, de mil oitocentos oitenta e um, aos três dias do mês de novembro, nesta cidade de Corumbá, compareceu a escrava Claudina, reconhecida pela própria de mim, do que dou fé,m e por ela me foi pedido o registro da carta Judicial de liberdade de seu filho Abel, a qual é do seguinte teor: Ao doutor Hermes Plínio Barba Cavalcanti, Juiz Municipal desta cidade e seu termo, na forma da Lei - Faz saber aos que a presente carta de liberdade virem, que tem a escrava, Claudina de propriedade do negociante Thiago José Mongini, apresentado a quantia de duzentos mil reis, como pecúlio de seu filho Abel, pertencente à massa falida de Germano Levandossisk, quantia que se acha depositada com o referido Mongini, e havendo como houve,

Forte Coimbra, capital de Mato Grosso

Carta imperial de 7 de outubro de 1850, nomeia o capitão de fragata Augusto Leverger, governador geral da província de Mato Grosso .  Assumiu o governo a 11 de fevereiro do ano seguinte. Para o Sul do Estado, fato relevante de seu período à frente da província, foi a transferência provisória do governo para o forte de Coimbra, conforme relata Virgílio Correa Filho: A ameaça de guerra próxima emborrascava os horizontes sulinos, quando Leverger teve ordem de concentrar toda a força da província na fronteira do Baixo-Paraguai, onde aguardaria a chegada dos navios, que deveriam transmontar o rio, com licença do solerte ditador ou à sua revelia. Iria apoiar, a montante, a ação do representante imperial que, a jusante, forçá-la-ia quando não lhe fosse permitida a passagem. Já era então Leverger, chefe de divisão, a que fora promovido a 2 de dezembro de 1854 e acumulava o Comando das Armas. Poderia organizar a expedição e dar-lhe a chefia ao mais graduado dos seus colaboradores

Aberta a navegação do rio Paraguai

Deixa Buenos Aires em 6 de outubro de 1856, com destino a Corumbá a escuna Leverger, a primeira embarcação dirigida a Mato Grosso, após a reabertura da navegação do rio Paraguai pelo governo da República vizinha. As informações são do cônsul brasileiro na capital Argentina ao Ministério dos Negócios Estrangeiros: Cumprindo a ordem que V. Exa. transmitiu-me por despacho de 13 do corrente mês, a respeito da comunicação das notícias relativas ao movimento do comércio e navegação brasileiros para a província de Mato Grosso, tenho a satisfação de levar ao conhecimento de V. Exa. que consta aqui haver chegado no porto de Assunção a escuna brasileira Leverger, notícia que foi comunicada ao consignatário dessa embarcação nesta cidade, sem ser acompanhada de nenhuma informação sobre a facilidade ou dificuldade que tenha encontrado a mesma embarcação para continuar a sua navegação. É, porém, exato ter informado o sobrecarga da dita escuna que até Vila do Pilar (setenta léguas abai