Carta
imperial de 7 de outubro de 1850, nomeia o capitão de fragata Augusto Leverger,
governador geral da província de Mato Grosso. Assumiu o governo a 11 de
fevereiro do ano seguinte. Para o Sul do Estado, fato relevante de seu período
à frente da província, foi a transferência provisória do governo para o forte
de Coimbra, conforme relata Virgílio Correa Filho:
A ameaça de guerra próxima emborrascava os horizontes sulinos, quando Leverger teve ordem de concentrar toda a força da província na fronteira do Baixo-Paraguai, onde aguardaria a chegada dos navios, que deveriam transmontar o rio, com licença do solerte ditador ou à sua revelia. Iria apoiar, a montante, a ação do representante imperial que, a jusante, forçá-la-ia quando não lhe fosse permitida a passagem. Já era então Leverger, chefe de divisão, a que fora promovido a 2 de dezembro de 1854 e acumulava o Comando das Armas.
Poderia organizar a expedição e dar-lhe a chefia ao mais graduado dos seus colaboradores militares.
Preferiu, porém, por se tratar de missão incômoda, além de arriscada, não exigir o sacrifício alheio, sem o seu próprio exemplo.
Transferiu a sede do governo para Coimbra, onde se alojou, a 12 de fevereiro, e uma "pequena sala que servia ao mesmo tempo de secretaria, sala de ordens e de dois aposentos, o maior dos quais tem vinte palmos com quadra."
Mas, para não retardar o cumprimento de ordens que lhe mandassem a Corte, em viagem de dois a três meses, solicitou ao bispo D. José que l
he abrisse a correspondência oficial e entregasse ao
aparelhamento burocrático, mantido em Cuiabá, as peças que o seu critério
escolhesse.
Em
Coimbra permaneceu de 12 de fevereiro a 17 de novembro de 1855.
FONTE: Virgílio
Correa Filho, História de Mato Grosso, Fundação Júlio Campos,
Várzea Grande, 1994, página 528
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