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Mostrando postagens de janeiro, 2018

O golpe militar contra Manoel Murtinho

Sob o comando do coronel João da Silva Barbosa (foto), do 7º. Distrito Militar de Mato Grosso, com sede em Corumbá, é deflagrado na cidade branca em 22 de janeiro de 1892, o movimento militar, visando a deposição do presidente Manoel José Murtinho. O golpe fora tramado no Rio de Janeiro pelo general Antonio Maria Coelho, herói da Guerra do Paraguai e primeiro governante estadual do período republicano, e teve apoio do deputado Caetano Albuquerque e seu sobrinho, oficial do Exército, Aníbal da Mota, que servia em Corumbá. O registro é do historiador Lécio Gomes de Souza: A 22 de janeiro de 1892 deflagrava a intentona em Corumbá, com a deposição do intendente do município, Salvador Augusto Moreira, substituído pelo tenente Manuel José Brandão. Formou-se uma junta governativa para a presidência do Estado, constituída pelo comandante M. A. de Castro Meneses, do Arsenal de Ladário, A. Roberto Vasconcelos, inspetor da Alfândega, e major Aníbal da Mota. Percebendo os rumos q

Circula o primeiro jornal de Corumbá

Inicia circulação em Corumbá, em 18 de janeiro de 1877, o primeiro jornal editado nessa cidade. Trata-se de O Iniciador, órgão "comercial, noticioso e literário, impresso em quatro colunas, era de propriedade e redação de Silvestre Antunes Pereira Serra, tendo como diretor técnico e editor o cidadão Manuel Guimarães. Abria a primeira coluna o calendário da semana, com indicação das fases lunares. O Iniciador era impresso em prelo Marinoni (aliás o primeiro introduzido em Mato Grosso) tendo sido todo o material tipográfico adquirido em Assunção do Paraguai". FONTE : Estevão de Mendonça,  Datas Matogrossenses , (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 50.

Barrios comemora sucesso da invasão de Corumbá

O coronel Vicente Barrios, comandante paraguaio que ocupou Corumbá, em 3 de janeiro, comunica oficialmente ao seu ministro da guerra, em 10 de janeiro de 1865, o resultado bem sucedido de sua missão: ...Tenho a honra de participar à V. Exa. que se acham em nosso poder Albuquerque e Corumbá. O pavilhão nacional tremula nesta última, desde o dia 3 do corrente, dia de minha chegada. A população brasileira e a guarnição destes pontos tinham-se retirado antes de nossa chegada por notícias transmitidas oportunamente pelo Barão de Vila Maria, segundo declarações tomadas. Estamos, pois, de posse destes pontos sem queimar um só cartucho, tendo sido a fuga do inimigo tão precipitada, que deixou, como em Coimbra, toda a artilharia, armamento geral, munições e petrechos de guerra. FONTE : Jorge Maia, A invasão de Mato Grosso , Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 1964, página 214

Pandemia de cólera em Corumbá

Relatório de 7 de janeiro de 1887, do presidente da Câmara Municipal, Antônio Antunes Galvão, aos demais vereadores, aponta a principal causa da cólera que ataca a população da cidade e revela impressionantes números da tragédia : “Há muito a nossa cidade precisa de saneamento que não se tem podido realizar. Pelo obituário comparado ao Rio de Janeiro, cidade taxada de pestilenta, vê-se que aqui morre sempre 8 a 10 vezes mais que naquela cidade”. A propósito, a historiadora Lucia Salsa Correa, observa: No período de 1867, ocasião da retomada de Corumbá, até o ano de 1920 a cidade padeceu com o surgimento de 34 epidêmicos, dos quais a Varíola foi a mais frequente, malgrado as campanhas e os esforços quase sempre infrutíferos das autoridades municipais. A desastrosa epidemia de cólera em Corumbá (1886/1887), por exemplo, conforme detalhados relatórios do então presidente da Câmara Municipal, provocou uma profunda crise em todos os setores da cidade, desenvo

Chacina no forte Coimbra

  Índios guaicurus, insinuando visita pacífica ao forte Coimbra,traiçoeiramente, cometem chacina contra a guarnição militar. O episódio, ocorrido em 6 de janeiro de 1778, é revisto pelo pesquisador Carlos Francisco Moura: Era um grupo numeroso de índios a pé e a cavalo,acompanhados de suas mulheres. Vinham sem lanças nem flechas e traziam carneiros, aves, peles de animais e outros artigos para negociar. O cacique e seu intérprete entraram na estacada para parlamentar com o comandante Marcelino Camponês, enquanto do lado de fora os soldados comerciavam com os índios, vigiados por uma escolta de doze soldados armados. Alegando que as mulheres tinham medo de arma de fogo, os guaicurus pediram ao ajudante Tavares que as retirasse à escolta e as colocasse sob uma tolda próxima.Disseram que os soldados não precisavam ter medo pois eles estavam sem armas, só com cacetes e facas. Atendidos nesse pedido, convidaram os soldados a descansar no regaço de suas mulheres. Estavam assim d

Corumbá ocupada sem resistência

                                 Francisco Solano Lopes, ditador paraguaio Após a tomada do forte de Coimbra no dia 28 de dezembro, as forças paraguaias, sem resistência, entram triunfalmente em Corumbá, em 3 de janeiro de 1865. O episódio é acompanhado pelo historiador Other de Mendonça: A coluna paraguaia ao mando do Coronel Vicente Barrios, cunhado do marechal Solano Lopez, a 3 de janeiro de 1865, efetua desembarque e ocupação de Corumbá, abandonada desde o dia anterior. Do navio-chefe, fundeado junto à Mesa de Rendas, o comandante da expedição assistiu ao desfilar das tropas, divididas em duas seções, sobressaindo o fardamento novo, de um vermelho vivo, dos batalhões sexto e sétimo, este ocupando a vanguarda. Parte da expedição já havia ocupado a povoação do Ladário. Pelas ladeiras que punham em comunicação o porto com a parte alta da vila, a força invasora serpeava em marcha acelerada, armas em prontidão, penetrando desembaraçadamente nas poucas ruas então