Nascido
em 12 de janeiro de 1915, em Corumbá, falece no Rio de Janeiro, em 27 de
outubro de 1947, o poeta Lobivar de Matos. Começou seus estudos no Colégio
Salesiano Santa Teresa. Em 1928 muda-se para Campo Grande. Fez o curso ginasial
no Instituto Pestalozzi, mais tarde denominado Ginásio Municipal de Campo
Grande, sendo colega de Rachid Derzi e José Fragelli. Em 1932, já sob a
influência do modernismo, publica seu primeiro poema na revista Folha da
Serra:
Corumbá deslumbrante.
Dorme na harmonia
o teu sono infinito,
nas rochas de granito,
sob a luz sombria
do calor.
Em fins de 1933 muda-se para o Rio
de Janeiro para estudar Ciências Jurídicas na Faculdade Nacional de Direito do
Distrito Federal. Em 1935 publica seu primeiro livro de poemas "Areôtare,".
Em 1936 publica "Sarobá," seu segundo livro. Em 1941, já formado em
advocacia e com a família constituída, volta à Corumbá, onde passa pouco
tempo,mudando-se para Cuiabá. Às vésperas da entrada do Brasil na II Guerra,
Lobivar estava de volta ao Rio. Lá trabalhou como censor e milita em vários
órgãos da imprensa. Pouco antes de morrer escreve em síntese ao seu tio Osório,
também escritor, seu ideário de poeta:
Poesia hoje não pode ficar presa a
vestimentas antigas. O tio pode perfeitamente manifestar os seus sentimentos
sem peias, sem a preocupação da rima rica, sem a clássica 'chave de ouro' dos
sonetos. Em poesia a exigência máxima que se pode fazer não é da forma, mas de
fundo, isto é, de sentimentos. A poesia - como dizem os mestres - é sugestão.
FONTE: José Otávio Guizzo, Lobivar
de Matos, o poeta que abriu os caminhos da moderna poesia regional, in
Campo Grande: personalidades históricas (volume II), Instituto Histórico e
Geográfico de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2012, página 83.
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