Decreto n. 8, de 10 de julho de 1862, do presidente da província de Mato Grosso, Herculano Ferreira Pena, eleva à categoria de município a povoação de Albuquerque, mudando-lhe a denominação para Corumbá oficial e definitivamente, nos seguintes termos:
"Art. 1° - Fica elevada à categoria de vila a povoação de Corumbá com a denominação de - Vila de Corumbá - e pertencerá como até aqui à 3a. comarca.
Art. 2° - É criada para a mesma vila uma freguesia com a invocação de Santa Cruz, a qual se denominará - Freguesia de Santa Cruz da Vila de Corumbá - com os seus limites, por uma desmembração razoável da freguesia de Albuquerque serão marcados pelo presidente da província.
Art. 3° - A nova vila funcionará depois que os seus habitantes derem pronta, à sua custa, a casa para as sessões da Câmara e do juri e o seu município compreenderá a sua mesma freguesia e a de Albuquerque".¹
Há muito tempo a população havia deixado o Albuquerque de lado, mantido apenas formalmente, por resistência dos governadores, que insistiam em manter para o povoado o sobrenome de seu fundador. Augusto Leverger, com o peso de seu prestígio, foi o maior defensor desse ponto de vista, chegando a proibir o uso de Corumbá nas correspondências oficiais, quando era ele o presidente da província.
A oficialização formalizou a mudança de nome que, em verdade começou a ser praticada desde a fundação em agosto de 1819, da Missão da Misericórdia de Albuquerque, um pouco abaixo da foz do rio Miranda, pelo frei José Maria de Macerata.²
FONTE: ¹Coleção das leis provinciais de Mato Grosso, 1862, ²Lécio G. de Souza, História de Corumbá, edição do autor, Corumbá, sd., página 45.
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